quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Jogador do C. B. Queluz procura dador compatível de medula óssea

Mãe faz apelo: «O Gonçalo tem de encontrar um dador compatível até Dezembro»

Até ao dia 18 de agosto, a vida de Gonçalo Franco era igual à de tantos outros adolescentes da sua idade. Bonito, cheio de saúde, praticava basquetebol federado no Clube de Basquetebol de Queluz, frequentava o 10º ano da área de Ciências e dividia os tempos livros entre os amigos, a playstation e os jogos da NBA, como fã dos Miami Heats.
Foi já no final das férias, na companhia dos pais, Ana Cláudia e Luís Franco, que o aparecimento de uma aparentemente normal amigdalite o obrigou a enfrentar uma nova realidade: sofre de aplasia da medula, a mesma doença que afectou Gustavo, de 3 anos, filho do futebolista Carlos Martins, que entretanto já lhe fez uma simpática visita. Gonçalo trava agora uma batalha contra o tempo: Dezembro é a data limite para encontrar um dador compatível de medula óssea.
A mãe, Ana Cláudia Franco, não quer pensar em cenários derrotistas e desdobra-se em acções de campanha de angariação de novos dadores. Durante a entrevista, as lágrimas e as emoções «atraiçoaram-na» algumas vezes e desabafou: «Os dias vão passando e a angústia aumenta. Mãe nenhuma merece passar por isto.»
«Não há ninguém compatível! Pensei em engravidar, mas o médico disse-me que o Gonçalo não tem tempo para esperar!», explicou a mãe angustiada. Ana Franco tem-se desdobrado em campanhas de angariação de dadores de medula. «Os antigos colegas de escola dele de Massamá andaram porta a porta a distribuir panfletos a pedir ajuda para o Gonçalo. Também temos feito várias campanhas e há muita gente a participar, a partilhar... É tão simples ser dador de medula óssea e é isso que eu peço às pessoas: registem-se! Penso que não deve haver nada melhor do que ser dador de medula e poder salvar a vida de alguém, não interessa o rosto ou o nome.» Desde agosto que Gonçalo não produz glóbulos brancos. Por isso mesmo, além do uso da máscara, antes de sair da cama, a casa é toda desinfectada com álcool. A mãe confessa que lhe custa não poder abraçar o filho. «Não posso dar-lhe beijos, estarmos encostados um ao outro... Custa-me não ter essa ligação e eu gosto tanto de estar agarradinha a ele... »

Fonte: www.fpb.pt